segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

IMÓVEIS -Com estoques em alta, setor imobiliário deve antecipar promoções em 2015

Saldões são esperados para este primeiro semestre e podem incluir descontos no preço, meses de condomínio grátis e até apartamentos mobiliados


São Paulo - Apesar do crédito mais caro, a paradeira geral da economia brasileira favorece cenário propício à garimpagem de boas condições para a compra da casa própria. O aumento do estoque de imóveis à venda - formado em 2014 pela baixa disposição em investir do consumidor - pode ter reservado para este ano a possibilidade de se gastar um pouco menos por um novo lar.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, o estoque imobiliário saltou 37%: de 19,7 mil unidades, em dezembro de 2013, para perto de 27 mil unidades, no mesmo mês de 2014. “Com uma boa pesquisa, o consumidor tende a conseguir encontrar bons preços”, afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Desse volume, ele explica, mais de um terço ainda permanece na planta. E, conforme diz, esses imóveis normalmente apresentam valores mais favoráveis em relação àqueles já prontos ou em processo de finalização. Portanto, é na oferta dessas habitações que podem estar condições mais atrativas.
O perfil desse estoque beneficia casais ou quem quer morar sozinho. Na capital paulista, números mais atualizados do Secovi-SP mostram elevação significativa na quantidade de imóveis de apenas um dormitório. Ao final de 2004, esse modelo de moradia representava 8% do total ofertado. Já em novembro de 2014, subiu para 27%. Ao mesmo tempo, caiu com força o volume de residências estocadas de quatro dormitórios: de 22% para 10%, na comparação dos mesmos períodos. 
Descontos. Rogério Santos, diretor do outlet de imóveis novos RealtON, acredita que este será um ano raro entre muitos para a compra de imóveis. “Será uma fase atípica, favorável não só para o pequeno como para o grande investidor”, afirma. Santos estima para as próximas semanas, logo depois do carnaval, o início de promoções pontuais no setor.
De todos os lançamentos feitos no ano passado em São Paulo, diz ele, entre 80% e 90% foram concentrados no último trimestre. “Mas a velocidade das vendas desses empreendimentos ficou abaixo da esperada”, diz. “Construtoras e incorporadoras terão de facilitar algumas condições para serem capazes de gerar capital e honrar compromissos assumidos com fornecedores e funcionários.” 
Essas “facilidades” vindouras, diz o executivo, não passam apenas por simples descontos no preço final. Para atrair clientes, empresas podem optar, por exemplo, por garantir alguns meses grátis de condomínios, isenções de taxas e até apartamentos mobiliados. 
As zonas periféricas devem concentrar grande parte dessas promoções - prevê Santos. Em geral, são áreas em franca expansão, onde parte considerável dos estoques estão. Por outro lado, esses locais às vezes apresentam fatores negativos a se considerar, como altas taxas de criminalidade e precária mobilidade urbana.
Cuidados. Quando a esmola for demais, toda desconfiança é sempre pouca. Santos faz o alerta: não existe milagre. O consumidor precisa ficar atento e duvidar de qualquer oferta que lhe parecer absurda, para não ser surpreendido por outros gastos, por vezes, camuflados nas pequenas letras dos contratos. 
E o recado para quem espera por barateamento generalizado dos imóveis é claro: não se anime. O segmento imobiliário aposta na manutenção do ritmo de alta média do custo do metro quadrado no Brasil em 2014 - de 6,7%, de acordo com o índice FipeZap, pouco acima da inflação de 6,4% do período. 
“Existe um estoque realmente razoável, mas não o suficiente para derrubar o nível atual dos preços”, afirma Viktor Andrade, sócio da Ernest & Young para transações no mercado imobiliário na América do Sul. Ou seja, serão necessárias pesquisas e paciência para fisgar as tais boas ofertas esperadas pelos analistas. 
Num cenário de estagnação ou mesmo recessão econômica, como o que se desenha para a economia brasileira em 2015, Andrade diz que comprar casas térreas ou apartamentos usados não será bom negócio. 
De acordo com o analista, esses imóveis costumam ser a salvaguarda de renda das populações em tempos de crises econômicas, como este. Nessas condições, quem tem imóveis deve preferir alugá-los, para assegurar algum rendimento, ou, caso opte pela venda, o que é pouco provável, pedir alto para se desfazer da moradia.
Fonte: Estadão

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Imóveis- Preços cai pela primeira vez desde 2011

Em um ano, aumento médio dos preços nas cidades pesquisadas ficou abaixo da inflação



O preço médio do metro quadrado dos imóveis anunciados em 20 cidades brasileiras teve alta de 6,29% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2014. Com o resultado, os imóveis registraram queda real em 12 meses pela primeira vez desde 2011.
De acordo com o índice FipeZap Ampliado divulgado nesta quarta-feira (4), na comparação com o último mês de dezembro, o preço das residências avançou 0,39%.
Em ambos os casos, os aumentos registrados foram menores do que a inflação verificada pelo IPCA-15, a prévia da inflação oficial do País, que acelerou a alta a 0,89% em janeiro, acumulando 6,69% em 12 meses.
Segundo o levantamento, somente Fortaleza (CE) teve aumento de preços acima da inflação em janeiro, de 1,43% na comparação mensal.
Em São Paulo, houve aumento mensal de 0,46% em janeiro, enquanto no Rio de Janeiro o acréscimo foi de 0,33%. No sentido oposto, Porto Alegre (RS) teve a maior queda de preços, de 0,68%.
O preço médio do metro quadrado nas 20 cidades pesquisadas foi de R$ 7.492. No Rio de Janeiro, o valor continua sendo o mais alto do país, de R$ 10.617, seguida por São Paulo (R$ 8.446). Contagem (R$ 3.380) e Goiânia (R$ 4.022) registraram os valores mais baixos.
Fonte: R7 notícias

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Caixa aumenta a partir desta segunda os juros para financiar a casa própria

Aumento não atinge financiamento com FGTS ou Minha Casa, Minha Vida.
Banco informou que alteração se deve a aumento da taxa básica de juros.


Caixa Econômica Federal aumenta a partir desta segunda-feira (19) as taxas de juros do financiamento imobiliário. A alta valerá para os financiamentos tomados a partir de agora.

A Caixa informa que não serão alteradas as taxas de juros dos financiamentos habitacionais contratados com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida e do FGTS.

Serão corrigidas as taxas de juros das operações para financiamento de imóveis residenciais contratadas com recursos da poupança (SBPE). De acordo com a Caixa, a mudança vai afetar quem tem renda acima de R$ 5,4 mil, que não utiliza os financiamentos habitacionais contratados com recursos do FGTS. Atualmente, há uma série de condições para obter financiamento da casa própria com recursos do FGTS, entre elas estão renda de até R$ 5,4 mil e não possuir imóvel no mesmo nome nem no mesmo município.

A taxa de juros cobrada pelo Sistema de Financiamento Habitacional (SFH), que financia imóveis de até R$ 750 mil com recursos tanto do FGTS como da poupança, permanece em 9,15% para quem não é cliente do banco e sofre alteração para quem é cliente, incluindo servidores públicos (veja na tabela).

Já pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que financia imóveis com valor acima de R$ 750 mil, a taxa de juros anual passará de 9,2% para 11% para os não-clientes.

O dinheiro do FGTS usado no financiamento que não sofrerá aumento da taxa não é o do trabalhador que está tendo seu imóvel financiado, mas vem do montante global depositado no banco. Já os financiamentos que são feitos com recursos da poupança sofrerão aumento nas taxas de juros. Nesse caso, o dinheiro utilizado no financiamento também não vem da conta do trabalhador, mas das poupanças que fazem parte do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE).
A Caixa informou que a alteração se deve ao aumento da taxa básica de juros, que atualmente é de 11,75%.

Os juros da Caixa para habitação costumam ser os menores no mercado e servem como referência para os demais bancos. A Caixa é líder no segmento de financiamento imobiliário, com participação de mercado próxima de 70%.

Veja como ficam os financiamentos de imóveis de dois valores distintos com as novas taxas, segundo simulação fornecida pelo instituto Dsop ao G1.
Aumento da taxa de juros da Caixa (Foto: editoria de arte/G1)






















simulação de financiamento R$ 400 mil (Foto: Reproduçao)
Taxa média cobrada por bancos está acima de 9%
A taxa média de juros para financiamento imobiliário cobrada pelos bancos privados e públicos no país está acima 9%, segundo último relatório do Banco Central sobre operações de crédito.

Segundo o BC, a média ficou em 9,23% ao ano, em novembro de 2014, ante taxa média de 8,84% registrada no mesmo mês de 2013.
As taxas médias informadas pelos bancos podem ser consultadas na página do Banco Central.
Confira a seguir as taxas de juros pós-fixados cobradas pelos bancos em novembro:
Dentro do SFH, com taxas reguladas corrigidas pela TR (pós-fixada)
Banco do Brasil  - 6,1% ao ano
Caixa Econômica Federal - 7,32% ao ano
Banco de Brasília - 7,89% ao ano
Citibank - 8,13% ao ano
Banco Banestes - 8,27% ano
HSBC -  8,7% ao ano
Bradesco - 8,71% ao ano
APE Popex - 8,81% ao ano
Banco do Estado do Rio Grande do Sul - 8,84% ao ano
Santander - 8,89% ao ano
Dentro do SFH, com taxas reguladas pré-fixadas
Caixa Econômica Federal - 11,48%
Banco do Brasil - 12,1%
Santander - 12,31%
Fonte: G1.com.br

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE LOTEAMENTOS FECHADO E CONDOMÍNIOS

No loteamento, paga-se contribuição associativa. No condomínio existe a taxa condominial

Tire suas dúvidas  - Divulgação


Quando compramos uma unidade em um condomínio, não compramos somente o terreno, mas um espaço construtivo. O mesmo já não ocorre com os loteamentos que, por sua vez, são regidos pela Lei do Parcelamento do Solo (6.766/1979).
No loteamento, por exemplo, a fração ideal não existe, já no condomínio horizontal o incorporador vende o terreno com a casa, e a fração ideal é calculada sobre as áreas comuns. No condomínio, o fechamento do terreno é legítimo e regulamentado. Nos loteamentos, ele é concedido pela Prefeitura, gerando direitos e obrigações para a administração municipal e para o proprietário ou morador.
No que tange às regras internas, a que rege o loteamento é o Estatuto Social e os Regulamentos Internos Sociais e de Obras, muito mais abrangentes que a Convenção e seu Regimento Interno. No loteamento, paga-se taxa de contribuição associativa. No condomínio horizontal, existe a taxa condominial – de acordo com a lei federal 6.766 e o Código Civil, cujo pagamento é obrigatório. No condomínio, os proprietários são donos de uma unidade autônoma, além de uma fração ideal referente a área comum.
Nos loteamentos, cada proprietário é dono apenas de seu terreno e/ou do imóvel. As áreas comuns são de propriedade pública, cabendo à Prefeitura ceder, provisoriamente, o direito de uso e a obrigação de conservação aos proprietários do local. Mesmo com a obtenção do direito real de uso de área pública, não compete à associação de adquirentes ou de moradores impedir o direito de ir e vir das pessoas nas suas vias internas, pois as áreas continuam pertencentes à municipalidade, não cabendo aos proprietários qualquer fração ideal sobre elas; podendo vir a fazer a identificação prévia de pessoas e veículos, mas não o impedimento ao acesso intramuros.
Fonte: Radar Imobiliário -Estadão

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

SETOR DA CONSTRUÇÃO ESTÁ PESSIMISTA SOBRE PRÓXIMO SEMESTRE

Profissionais da construção



Construção: CNI informou que os empresários continuam pessimistas em relação aos próximos 6 meses



Brasília - O ritmo de atividade na indústria da construção continua fraco na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Pesquisa da entidade, mostra que o indicador do nível de atividade foi 42,7 pontos, em outubro, pouco acima dos 42,3 pontos de setembro.
O índice de evolução do número de empregados caiu para 43 pontos.
Os dados estão na Sondagem Indústria da Construção, divulgada hoje (21).
Todos os indicadores ficaram abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que confirma a retração da atividade e do emprego no setor, na análise dos técnicos.
A utilização da capacidade de operação permaneceu em 67% e o nível de atividade efetivo em relação ao usual foi 40,2 pontos, em outubro.
Os indicadores variam de zero a 100.
Abaixo de 50 revelam expectativa negativa.
A CNI informou que os empresários continuam pessimistas em relação aos próximos seis meses.
Em novembro, o indicador de expectativas sobre o nível de atividade ficou em 47,7 pontos, o de novos empreendimentos e serviços recuou para 46,4 pontos, o de compras de matérias-primas foi 46,2 pontos e o de número de empregados caiu para 46 pontos.
A pesquisa, feita em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), ouviu, entre 3 e 12 de novembro, 571 empresas, das quais 186 de pequeno porte, 258 médias e 127 grandes.
Fonte: Exame.com

terça-feira, 11 de novembro de 2014

NOVA LEI DO REGISTRO DE IMÓVEIS DEVERÁ TER EFEITO PRÁTICO EM DOIS ANOS

A nova lei do registro de imóveis deverá facilitar negociações de compra e venda, mas só terá efeito prático em um período de dois anos. A legislação obriga que todas as pendências jurídicas sejam registradas na matrícula do bem, o que poderá inclusive acelerar a liberação de crédito.

A Medida Provisória 656 entra em vigor em 7 de novembro e reduz de 14 para quatro os procedimentos para o registro das propriedades. O presidente do Creci São Paulo, José Augusto Viana Neto, avaliou que a mudança vai gerar segurança jurídica para quem adquire o imóvel.

As pendências anteriores a sete de novembro que puderem cancelar um negócio terão dois anos para serem incluídas na matrícula. O presidente da Associação dos Registradores Imobiliários de Sâo Paulo, Flauzilino Araújo dos Santos, disse que os cartórios estão preparados para a lei.

Atualmente, quem adquire um imóvel com pendência jurídica corre o risco de ter o negócio cancelado e a nova lei vai mudar esta realidade. Qualquer ação relacionada ao bem só poderá impedir a transação caso ela esteja explícita na matrícula registrada no cartório.

Fonte: Jovem Pan

terça-feira, 4 de novembro de 2014

DONOS DE IMÓVEIS OCIOSOS PAGARÃO IPTU MAIS CARO EM SÃO PAULO


Prédios em São Paulo
Prédios na Avenida Faria Lima, em São Paulo: imóveis ociosos na capital paulista terão IPTU mais caro


São Paulo - Proprietários de terrenos e imóveis ociosos na cidade de São Paulo pagarão Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) mais caro. A medida, que objetiva o fim da especulação imobiliária na capital e a garantia da função social das edificações, pode, inclusive, levar à desapropriação em cinco anos.

Na capital paulista, o problema dos imóveis ociosos está concentrado na região central.
A maioria das construções notificadas pela Prefeitura na sexta-feira (31) está localizada, principalmente, no centro e na Vila Pirituba, zona oeste.
Nesse primeiro lote, a administração municipal registrou 78 edificações consideradas abandonadas.
Integrante da direção executiva da Frente de Luta por Moradia (FLM), Heloísa Soares comemora a decisão da prefeitura. “Isto é o que o movimento pensou desde o início. Sempre defendemos o IPTU progressivo. Achamos [a medida] fundamental”, salientou.
Heloísa argumenta que os donos de prédios abandonados no centro querem apenas lucrar com a especulação.
Acrescentou que os proprietários abandonam as construções, que poderiam servir de moradia, enquanto esperam o melhor momento para vendê-las.
A Frente se organiza para ocupar esses espaços por conta própria, como é o caso de um prédio na Avenida São João, já devolvido ao proprietário, após violenta ação de reintegração de posse. A avenida concentra 30% dos imóveis notificados.
A desocupação do imóvel ocorreu dia 16 de Setembro. A FLM reclama que o prédio, construído há mais de 15 anos, nunca foi utilizado. Atualmente, as 200 famílias ocupam um edifício na Rua Líbero Badaró, também no centro.
Conforme decreto assinado pelo prefeito Fernando Haddad, as edificações abandonadas terão aumento progressivo no IPTU. No primeiro ano, a cobrança terá acréscimo de 2% sobre o valor do imóvel, passando para 4% e 8% nos anos seguintes, até o limite de 15% no quinto ano.
Caso o imóvel permaneça ocioso, passados cinco anos, poderá ser desapropriado, mediante pagamento de títulos em dívida pública.
A regra de habitação ociosa, estabelece que o imóvel precisar ter, no mínimo, 60% de sua área construída desocupada há mais de um ano.
Os terrenos e imóveis subutilizados, com área superior a 500 metros quadrados, têm prazos de um ano para apresentar o projeto, um ano para iniciar a obra e cinco anos para conclusão.
Existe, ainda, a opção de uma parceria com a prefeitura, por meio do consórcio imobiliário, em que a administração municipal divide a área para construções de seu interesse.
O proprietário recebe parcelas do terreno, em valores correspondentes ao valor do imóvel antes das obras.
Representantes da prefeitura esclarecem que a proposta é reocupar os bairros com boa infraestrutura, mas que podem sofrer degradação por causa do abandono.
O problema dos imóveis vazios, segundo a prefeitura, gera encarecimento das moradias e afastamento da população para regiões mais distantes.
FONTE: Exame.com